
Desculpem-me mas não resisti. Tinha que ser este o título do post.
No último fim de semana presenciei um momento muito especial na vida de um casal de amigos. Eles firmaram compromisso, papel passado e tudo, de ficar juntos. O que mais me agrada nisso é que eles vivem uma típica história de amor moderna: um não precisa do outro. Um quer o outro. Um escolheu o outro.
E isso para mim é o que melhor define minha geração. Claro que por aí ainda perambulam Rapunzels e Cinderelas (pobres coitadas), uma com os cabelos imensos, para agüentar o peso do príncipe encantado, a outra com os pés deformados pelos sapatinhos de cristal, única forma de ser reconhecida pelo seu futuro eterno amor... Nossa, chego a sentir arrepios de repulsa!
A imensa maioria, no entanto, já se deu conta de que o gostoso é ter realidade, dia a dia, cotidiano como o descrito por Chico: “todo dia ela faz tudo sempre igual...”. Bom, nem tudo, senão vira monotonia. Então cada casal cria sua rotina, com suas peculiaridades – como Fraldinha e Meinha – e assim vão vivendo, felizes.
Por quanto tempo? Quem liga pra isso?! O legal é justamente saber que, como dito lá no início, cada um está com o outro porque QUER. Não porque depende financeiramente, não porque sem o outro se joga do décimo andar. Porque é gostoso, porque se curtem, têm afinidades, diferenças, amor, brigas e no final fazem as pazes. E que delícia fazer as partes depois de uma birra!
Amor hoje é isso, cumplicidade, parceria. As famílias não tem “chefe”, tem um casal, que contribui para o bem estar comum, seja com ambos sendo devorados pelo mercado de trabalho, seja com um trabalhando e o outro dando duro em casa. Temos a liberdade de escolher e isso é fantástico.
Não acredito que a mulher precise ser workaholic para ser valorizada, basta que ela seja inteligente, bem humorada, tenha auto-estima para gostar mais de si do que de um casamento fracassado.
Assim como não basta o homem ter um contracheque para “mandar” na casa. Afinal, quem decide como gastar o dinheiro são as mulheres... Então cabe a eles hoje ter também o nosso jogo de cintura, o jeito manso de falar com voz rouca quando quer convencer o outro a comprar algo mega supérfluo mas indiscutivelmente necessário.
Que maravilha! Viva a igualdade, desigualdade, diferenças, semelhanças entre homens e mulheres. E a liberdade de sermos o que quisermos, porque vivemos no século 21 e a liberdade de se permitir ser é maior que a obrigação em parecer o que não é.
Aos meus amigos, infinita felicidade, que Fraldinha e Meinha passem muitas noites juntos se amando!